A medida que meus anos de cachimbeiro foram se acumulando, boa parte da minha fascinação inicial pelo Latakia foi gradualmente migrando para o Perique. Tão ou mais exótico que o Latakia, ele é mais complexo, mais forte (muito mais), e igualmente apaixonante.
Seu processo de fabricação foi adaptado daquele utilizado pelos índios Choctaw e Chickasaw, que fermentavam o tabaco em ocos de árvore, utilizando grandes pedras como peso para auxiliar na fermentação.
O interessante é que os anos vão passando, as décadas se empilhando, e, na essência, o processo se mantém fiel às adaptações feitas sobre o processo indígena, conforme as fotos que posto logo abaixo.
Em 1930...
... e em 2011.
O que praticamente se acabou foram os produtores, afinal, num país como os EUA, com mão de obra bastante cara, é quase inconcebível manter uma linha de produção que necessita tanto de mão de obra manual.
Esta foto é de 1920.
E esta de 2011.
Os poucos produtores que restam tocam a produção pois o Perique é uma espécie de patrimônio nacional, com produção limitada a uma pequena região em St. James Parish, Louisiana, por causa de seu solo particular.
1940.
2012.
Por fim, vejam o vídeo abaixo, que mostra a abertura de um barril de Perique. É uma série especial, fermentada por mais tempo que o normal.
2 comentários:
Excelente post, confrade! Grande abraço!
Obrigado confrade Rafael! Forte abraço!
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